AULA MAGNA NA UFS E APRENDIZAGEM IDEM
Ronaldo Mota
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve seu início, enquanto Universidade, durante a década de 1960, resultado de iniciativas anteriores que datam da década de 1920.
Na verdade, hoje a instituição poderia denominar-se Universidade de Sergipe, dispensando o sobrenome do meio, dado sua afinidade e compromisso com o Estado. Não há tema de desenvolvimento estadual que não seja assunto de sua alçada e não há, igualmente, solução que não conte com sua participação solidária.
Mais recentemente, especialmente através dos Programas Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Reestruturação Acadêmica e Expansão das Universidades Federais (REUNI), tem sido possível à UFS mais do que dobrar suas vagas e propiciar cursos em áreas estratégicas, inexistentes até então.
O Reitor, Prof. Josué Modesto, é um dos mais renomados economistas do país, profundo conhecedor de história econômica, matéria imprescindível para entender o contexto da crise atual. O Vice-Reitor, Prof. Ângelo Antoniolli (comigo na foto ajudando carregar o peixe), um cientista na área de farmacologia com visão empreendedora singular, em conjunto com equipe administrativa competente e harmônica, compõem a receita para uma universidade de sucesso, como tem sido observado na prática por todos naquela unidade da federação.
Tive o prazer de ministrar a Aula Magna da UFS por ocasião dos inícios das atividades acadêmicas deste ano, especialmente aos estudantes recém-ingressos dos turnos diurno e noturno. Em ambos os períodos, deparei-me com calouros muito interessados no tema do método científico e a evolução histórica ao longo dos caminhos da humanidade. Caminhos que passam pelo Australopithecus, Homo habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis e Homo sapiens sapiens, bem como nosso berço maior da civilização ocidental: a Grécia Antiga (ver figuras acima).
Não sei se consegui ensinar tudo o que pretendia, mas aprendi muito no final de semana posterior. Aprendi muito, particularmente no contato com a natureza. Existe uma região, próxima com a divisa com a Bahia (Mangue Seco, mais exatamente), próximo à localidade de Estância, onde braços do mar adentram o território sergipano, formando um eco-sistema de manguezal admirável.
Aprendi (comecei a aprender) o papel do mergulho na observação daquilo que de fora não é visto na riqueza do fundo daqueles cursos d’água. Pescamos na medida de nossa capacidade de comer, preservando o equilíbrio natural. Mesmo assim, os peixes são enormes.
Com o apoio do mergulhador Misso (pescador nativo) pudemos escolher a dedo (que aperta o arpão) um peixe (garoupa) fantástico de 45 Kg (ver fotos). Fantástico ver charéus de quase um metro de comprimento cercando cardumes de curimãs (tainhas para os do sul). Um ambiente inigualável em beleza.
Aprende-se muito, especialmente a diversidade do Brasil e sua riqueza humana, podendo conviver com pessoas da mais alta qualidade e espírito humano solidário e adoradores da confraternização. Vivendo e aprendendo, ensinando quando possível.
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