terça-feira, 7 de setembro de 2010













Futebol, Copa e Inovação, tudo a ver



O Brasil é uma potência futebolística e é cobrado dessa forma. Se considerarmos as últimas 16 Copas do Mundo desde 1950, verificaremos que a seleção canarinho esteve em quase metade das finais (sete), tendo vencido cinco delas.


Futebol tem lógica, não tem determinação a priori; ou seja, favoritos existem, mas fazer do favoritismo fato demanda planejamento, organização e detalhes. Tanto tem lógica que essa última edição na África do Sul foi a primeira vez que o time da casa não passou da primeira fase; o que seria, em tese, lógico.


Houve períodos que jogadores fora do normal, com criatividade exacerbada, foram determinantes e quase sempre levaram os times onde eles atuavam a ganhar a Copa (ou próximo disso, no caso da Holanda de 1974). No contexto nacional, da mesma forma, outras variáveis foram tornadas determinantes para vencer campeonatos, tal como a preparação física inovadora, um patamar acima do usual na época, fizeram dos times do Rio Grande do Sul surpresas positivas, especialmente ao longo das décadas de 1970 e 1980. O preparo físico era então o diferencial, logo neutralizado pela incorporação das novidades pelos demais clubes.


Em suma, hoje em dia, também no futebol, inovação é um fator que pode ser determinante separando o sucesso do fracasso. No cenário mundial contemporâneo, inovação é reconhecidamente instrumento fundamental para todas as áreas. Inovação está presente como fator cada vez mais determinante na formação de recursos humanos envolvendo profissionais preparados para atender as demandas diversas e complexas da sociedade, inclusive da sociedade do futebol.


Inovar é a ousadia de romper com tradições e crenças não fundamentadas. Por exemplo, a Copa do Mundo são sete partidas somente e devem ser escalados aqueles que no período estão melhores preparados, sem receio de colocar no banco aqueles, ainda que famosos, não tenham demonstrado competência ou não estejam em sua melhor forma. Inovar é também não ter medo de errar, curiosamente caminho certo para acertar. Inovar é conjugar criatividade com disciplina e firmeza de propósitos.


O que mais precisamos no futebol brasileiro hoje é INOVAR, coincidentemente, o mesmo que precisamos em todos os espaços, em todos os recantos e setores, do mesmo país Brasil. Que bom que seja algo que sabemos fazer, não é?